A greve dos motoristas dos coletivos de BH teve início nesta madrugada e repercute pela cidade.
Por Samara Tibúrcio
Quem precisou do transporte público nesta manhã teve dificuldades para encontrar veículos disponíveis nos pontos e estações da cidade. Na faixa de horário das 6 horas as estações estavam realizando apenas 30% das viagens programadas, já no período das 7 horas o número subiu para 41%.
Segundo a BHTrans o percentual de viagens realizadas entre 6 e 7 horas variava em algumas regionais, confira.
- Pampulha: 20%
- São Gabriel: 22%
- Barreiro: 1%
- Diamante: 0%
- Venda Nova: 26%
- Vilarinho: 30%
- São José: 7%
- Demais linhas: 16%
O presidente da BHTrans, Diogo Prosdocimi, afirmou em coletiva que a prefeitura vai comunicar à Justiça do Trabalho sobre o descumprimento da exigência de frota mínima de 60% de circulação dos coletivos e pedir que medidas sejam tomadas.
Ainda pela manhã foi registrado pela Polícia Militar algumas ocorrências. Houve tumulto em pelo menos três garagens e os policiais precisaram intervir devido a ameaças de depredação dos veículos. Ocorreu tumulto também em uma garagem no bairro Engenho Nogueira, na Pampulha, trabalhadores furaram pneus de dois ônibus para impedir a saída de outros coletivos. Na Avenida Presidente Carlos Luz, no entorno do Mineirão, na Pampulha, um ônibus da linha 52, do Move, também teve os pneus furados.
Está agendada para o período da tarde (14h30) uma reunião entre a Prefeitura de Belo Horizonte, representantes das empresas de ônibus e o TRT para analisar as reivindicações da categoria e tentar colocar um fim a greve.
O presidente do STTRBH, Paulo César destaca: “A gente espera uma resposta por parte das autoridades e também dos órgãos competentes, que são BHTrans, Prefeitura de BH e o Setra-BH, para levarmos uma proposta que venha atender os anseios da categoria, que está há mais de dois anos sem reajuste. Aí a gente vai botar um fim nisso. A intenção nossa é essa e que se resolva o mais rápido possível”. A BHTrans afirmou em nota que agentes da empresa estão nas estações de integração para orientar os passageiros sobre as opções de deslocamento e que as equipes da Unidade Integrada de Trânsito estão em campo, monitorando e operando o tráfego nos principais corredores da cidade.