O transporte público pode ser um dos grandes responsáveis pela disseminação da variante Ômicrom da Covid-19.
Por Samara Tibúrcio
Há quase dois anos temos que lidar com as consequências da pandemia da Covid-19. Já são milhares de mortes espalhadas pelo mundo inteiro e fica cada vez mais comum a descoberta de novas variantes desse vírus.
É recomendado pelo Ministério da Saúde o uso de máscara, álcool em gel e, principalmente, manter o distanciamento social. Pessoas que necessitam usar o transporte coletivo estão mais expostas a contrair o vírus e a variante Ômicrom, já que segundo um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação (SBCC) o transporte público brasileiro é um grande foco de disseminação da doença.
Ricardo Salles diretor do SBCC informou, “A contaminação no transporte público acontece pelo ar, mesmo com as pessoas utilizando máscara. Não há renovação de ar principalmente nos veículos com ar-condicionado, o que torna muito grande a chance de contágio pela Covid-19”.
Segundo dados do estudo, um ônibus que comporta 45 passageiros sentados e 50 em pé, precisa introduzir no interior do veículo aproximadamente 243 litros de ar novo a cada segundo para evitar contaminação. Porém, na prática o valor injetado é de 100 litros, quantidade bem inferior ao recomendado.
Com os coletivos quase sempre lotados, muitas vezes acima da capacidade recomendada e com a circulação de ar prejudicada Celso Ferreira Ramos infectologista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ressalta, “Sempre teremos maior contaminação onde for possível observar uma grande aglomeração de pessoas e apesar de obrigatório, essas pessoas no transporte não estão necessariamente utilizando máscaras. E esses equipamentos de proteção também são importantes barreiras. Qualquer máscara tem limites de proteção. Ela reduz muito a entrada de agentes infecciosos”.
A pandemia trouxe além de muitas mortes um prejuízo financeiro para milhares de pessoas. É preciso manter todos os cuidados necessários e seguir todos os protocolos para enfim voltarmos à normalidade da vida.